AGRICULTURA

Mapa reforça a importância no combate ao tráfico de animais silvestres

Published

on


A Freeland Brasil, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desenvolveu um curso a distância focado na importância da Guia de Trânsito Animal (GTA) no combate ao tráfico de animais silvestres e na prevenção de doenças zoonóticas. O curso, voltado para agentes de instituições governamentais federais, foi gravado em São Paulo e abordou a necessidade de controlar o transporte de animais para evitar riscos à saúde pública e à fauna local.

Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!

Sobre a ferramenta

A GTA, uma exigência legal para o transporte de animais, tem como objetivo rastrear e controlar o movimento de animais no país, garantindo que eles sejam transportados de maneira segura e legalizada.

A médica veterinária Miriam Sassaki, agente de inspeção da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (SFA-SP), explicou durante a gravação do curso como a GTA é essencial para evitar a propagação de doenças e o tráfico de espécies. Além disso, a guia é obrigatória para qualquer animal em trânsito, com exceção de cães e gatos.

Segundo Miriam, a emissão da GTA é realizada em parceria com os Órgãos Estaduais de Sanidade Animal (Oesas), que habilitam veterinários privados para fornecer a documentação. A profissional destacou que a GTA não apenas assegura a origem e o destino dos animais, mas também contribui para o controle de surtos sanitários e proteção da biodiversidade.

Riscos do tráfico de animais silvestres

O tráfico de animais silvestres representa um risco à saúde pública e à segurança agropecuária. A captura de animais na natureza e seu transporte para diferentes regiões pode espalhar doenças entre espécies animais e até entre humanos, como evidenciado pela pandemia de Covid-19, cujas origens estão ligadas ao trânsito de animais.

Leandro Bondar, coordenador de educação da Freeland Brasil, ressaltou que o tráfico de espécies silvestres coloca em risco a biodiversidade e pode ter sérias consequências sanitárias. Casos emblemáticos, como o sacrifício de 160 canários contrabandeados do Peru em 2019, demonstram a seriedade da questão. Na ocasião, as aves foram sacrificadas em Corumbá (MS) devido à falta de documentação sanitária, representando um risco para a fauna avícola e para a avicultura comercial.

Em 2023, um incidente semelhante ocorreu no Mato Grosso, quando 320 aves canário-venezuelanas foram resgatadas pela Polícia Rodoviária Federal e sacrificadas devido ao risco de introdução da gripe aviária, uma doença que poderia causar danos irreparáveis à economia local e nacional.

Capacitação

A Freeland Brasil atua em três pilares: educação ambiental, capacitação de agentes públicos e monitoramento de políticas públicas. A organização, com sede na Tailândia, tem como missão combater o tráfico de animais silvestres e preservar a biodiversidade. Em sua abordagem educacional, Leandro e a analista educacional Jennifer Machado explicaram que o curso a distância desenvolvido pela ONG inclui módulos teóricos e práticos, com materiais como textos, gráficos, ilustrações e depoimentos em vídeo.

Este curso será disponibilizado à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para capacitar seus 13 mil agentes em todo o Brasil. A Freeland Brasil espera que o treinamento, que terá entre 60 e 80 horas de conteúdo, fortaleça a fiscalização e a atuação das autoridades no combate ao tráfico de animais silvestres, além de conscientizar os agentes sobre os riscos envolvidos no transporte ilegal de espécies.



Comentários
Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Advertisement

SAÚDE

POLÍCIA

Advertisement

POLÍTICA

CIDADES

Advertisement

ESPORTES

MATO GROSSO

Advertisement

Trending