O empresário e ex-prefeito de Cáceres Francis Maris (PL), que tenta retornar ao cargo, afirmou que acredita que a Justiça vai acatar o pedido que pede a cassação do registro de candidatura da prefeita Eliene Liberato (PSB), que tenta a reeleição.
Enquanto se desvia o dinheiro com corrupção, falta dipirona nos postos de saúde, faltam medicamentos na UPA. O fruto da corrupção é isso.
A coligação do candidato entrou com uma ação contra Eliene, acusando-a de abuso de poder político e econômico, com a utilização de dinheiro da Prefeitura para bancar o seu marketing de campanha.
“Acreditamos que a Justiça será feita, para combater esses indícios de corrupção, dando as penalidades previstas em lei. É o que nós confiamos e esperamos da Justiça”, afirmou.
O pedido de abertura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que também pede sua inegebilidade por oito anos, foi protocolado pelo advogado José Renato de Oliveira na 6ª Zona Eleitoral de Cáceres, na sexta-feira (6).
A ação sustenta que há um possível “conluio” entre a Elieane, a empresa Criari Comunicação, o marqueteiro responsável pela campanha, Claudio Cordeiro, e outras empresas.
Denúncias
Segundo Francis, seu grupo vem recebendo várias denúncias contra a prefeita além desta detalhada na ação, incluindo suposto esquema com combustível e suposto gasto excessivo na contratação de shows que ocorreram no Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe) de Cáceres.
O candidato afirmou que as denúncias foram encaminhadas para o Ministério Público Eleitoral, mas ainda são apuradas. A prefeita também foi alvo de outra ação na Justiça, ingressada pelo PDT, também pedindo a cassação do registro de sua candidatura por suposto abuso de poder econômico e político.
“Enquanto se desvia o dinheiro com corrupção, falta dipirona nos postos de saúde, faltam medicamentos na UPA. […] Então, o fruto da corrupção é isso. Falta educação, falta assistência social, falta médicos, tudo que a população precisa, mas não tem recursos porque se desvia de outra maneira”, afirmou.
Marcos Vergueiro/Secom
A prefeita de Cáceres, Eliene Liberato, é alvo de duas ações que pedem a cassação de seu registro de candidatura
Críticas à gestão
Francis foi prefeito de Cáceres entre os anos 2013 a 2020 e durante os oito anos de mandato teve Eliene como vice. Francis chegou a apoiá-la, porém ambos romperam a aliança.
Nós colocamos a casa em dia, construímos tudo que construímos e deixamos um saldo de R$ 34 milhões na conta da prefeitura
Ele afirmou que quando assumiu a gestão no primeiro mandato pegou a prefeitura com R$ 33 milhões em dívidas. Ele disse acreditar que a situação estará pior em 2025 para o próximo prefeito.
“Nós colocamos a casa em dia, construímos tudo que construímos e deixamos um saldo de R$ 34 milhões na conta da prefeitura. Agora, os funcionários dizem que vamos pegar uma prefeitura pior do que quando assumi em 2013. Eles dizem: ‘Você vai ver como está um caos e os problemas por falta de gestão’. Isso é o que os funcionários comentam”, disse.
“Retrocesso”
Para o candidato, a prefeita não deu continuidade ao seu legado em Cáceres e, na verdade, trouxe um retrocesso ao município com a falta de avanços.
A prova da má-gestão, segundo ele, seria a desaprovação da população com uma possível reeleição da candidata.
“A prova de que ela não fez uma boa gestão, que é um retrocesso, é isso: hoje nós estamos à frente nas pesquisas eleitorais internas que temos feito. Por quê? Se ela tivesse feito uma boa gestão, ela está com a máquina na mão, com certeza ela estaria disparada na frente. No entanto, não está”.
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