A reunião do G20 Agro, que ocorre entre os dias 10 e 13 de setembro, em Mato Grosso, é considerada a maior adesão de ministros da história.
O encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura é realizado na Chapada dos Guimarães e, de acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a escolha do local se deu não apenas por ser símbolo da produção agropecuária, mas também pelo compromisso com a sustentabilidade.
O Brasil sediar o G20, afirmam autoridades e especialistas de diversos segmentos ligados ao agronegócio, é considerado uma oportunidade para a construção de uma narrativa verdadeira e correta sobre o potencial do país, ao mesmo tempo em que se analisa o que ainda precisa ser feito e se realizam novas negociações e acordos.
“Nossa presidência escolheu falar de um mundo mais justo e um planeta sustentável. E como não falar de um mundo justo onde ainda existem pessoas que passam fome. Considero a fome a maior de todas as degradações do ser humano. O princípio básico de todo ser humano é se alimentar bem”, disse Fávaro na abertura do encontro.
Entre os assuntos mais importantes a serem debatidos nos quatro dias, estão a sustentabilidade nos sistemas agroalimentares em seus múltiplos aspectos, ampliação da contribuição do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional, reconhecimento do papel da agricultura familiar e a promoção da integração da pesca e aquicultura nas cadeias sociais locais e globais.
G20 reúne 80% do PIB global
Historicamente o G20 é composto por 20 países. Contudo, o número subiu para 21 com a entrada da União Africana, conforme o coordenador do GT G20 Agro e secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa.
Além destes países, cerca de 30 delegações e mais 20 organismos internacionais foram convidadas.
“Temos aqui representantes de 50 países no total. É uma grande oportunidade para o Brasil retomar o seu protagonismo internacional. A adesão foi total. Temos recorde de presença de ministros da Agricultura, assim como dos organismos internacionais”, destacou Perosa.
O ministro Carlos Fávaro lembrou que o “G20 representa 80% do PIB global e é a oportunidade de construirmos propostas e compromissos concretos para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas do planeta”.
Declaração ministerial
Segundo o coordenador do GT G20 Agro, pela primeira vez nos últimos anos do G20 o grupo da agricultura fará uma declaração ministerial, e não uma carta ao final do evento.
“É uma declaração que gerará efeitos nos países que assinaram ela ao final do evento. Ela tem a força de um acordo internacional”, pontuou Roberto Perosa.