A Siemens Energy anunciou nesta quarta-feira (4) que ganhou contratos avaliados em mais de R$ 300 milhões para revitalizar ativos de transmissão da Eletrobras, em projetos que serão concluídos até 2027 e devem garantir maior resiliência e segurança energética, além de ampliar a capacidade de escoamento de energia.
Um dos contratos prevê a modernização da subestação Grajaú, responsável por quase 40% do abastecimento de energia da cidade do Rio de Janeiro.
O projeto, previsto para ser entregue no segundo semestre de 2027, envolve a substituição de equipamentos do sistema de Subestação Isolada a Gás (GIS) por tecnologias mais eficientes em custos de operação, manutenção e potenciais emissões de carbono.
Já na região Nordeste, a Siemens Energy fornecerá novos bancos série de compensação reativa (FSC) para a linha de transmissão da Eletrobras em Imperatriz (MA).
Com entrega programada para o final de 2025, os equipamentos para a linha maranhense serão utilizados para garantir maior estabilidade ao sistema elétrico, ao mesmo tempo em que aumentam a capacidade de transmissão.
Adicionalmente, a companhia também instalará 46 novos disjuntores, que deverão garantir “ganhos de resiliência também em territórios no Maranhão, Pará, Mato Grosso e Rondônia”, disse a Siemens Energy.
Uma terceira iniciativa prevê o fornecimento de um sistema de monitoramento online de gases dissolvidos em óleo isolante para os transformadores do sistema de corrente contínua em alta tensão (HVDC) nas subestações Coletora, em Porto Velho (RO) e Araraquara (SP).
Esse projeto permitirá a disponibilização em tempo real de dados para o Centro de Monitoramento de Ativos da Eletrobras Eletronorte, em Brasília. “Deste modo, será possível obter maior previsibilidade com relação às manutenções dos transformadores de potência, trazendo mais confiabilidade e segurança operacional, das pessoas e do meio-ambiente”.
Parte das soluções que serão fornecidas à Eletrobras são desenvolvidas localmente pela Siemens Energy, como os disjuntores e os bancos série de compensação reativa, enquanto outras são desenvolvidas fora, na Alemanha.
A Siemens Energy destacou que as modernizações mitigam o risco de quedas do sistema causado pela depreciação de ativos da rede elétrica com mais de 20 a 30 anos e representam mais do que um “mero retrofit de equipamentos”, sendo essenciais para o avanço da transição energética.
“Mais do que otimização de custos e garantia de disponibilidade de energia para a população durante sua reforma, projetos como os que estamos anunciando cumprem também um importante papel ambiental, ao evitar emissões de CO2 decorrentes da construção e instalação de novas infraestruturas de energia”, acrescentou a empresa.
A área “Grid Technologies” vem ampliando sua fatia no faturamento total da Siemens Energy no Brasil, tendo passado de 45% no ano fiscal passado para 61% neste ano. A empresa não abre números gerais de suas operações no país.