Prefeita eleita de Várzea Grande, a advogada Flávia Moretti (PL) anunciou na manhã desta terça-feira (8) mudanças estruturais que adotará assim que assumir o Município, em janeiro do ano que vem.
Entre elas, estão zerar a fila de procedimentos da Saúde, o “enxugamento” da máquina da Prefeitura, com a demissão de servidores, um projeto de lei para a concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE) e ainda reverter o aumento do IPTU.
“Nós temos várias prioridades. Água e Saúde são minha prioridades. Eu preciso acabar com a fila na Saúde, e colocar uma gestão que faça acontecer. Sobre o DAE, faremos uma concessão privada pela Lei de Licitações”, disse Flávia na primeira coletiva à imprensa após ser eleita no domingo (6).
A concessão do DAE terá que passar pelo crivo da Câmara Municipal, medida que para Flávia não terá resistência dos parlamentares. “Quer maior convencimento do que não ter água? O convencimento é a sede. O DAE não dá conta de entregar a água. Vai ser feito um diagnóstico, e no tempo certo será enviado [à Câmara]”, disse.
Victor Ostetti/MidiaNews
A prefeita eleita Flávia Moretti, e seu vice Tião da Zaeli
“Sem caça as bruxas”
A prefeita eleita ainda apontou que a Gestão Kalil Baracat (MDB) inchou a máquina pública, que hoje conta com mais de 10 mil servidores, e parte deverá ser demitida. “A gestão do Kalil inchou a folha. Vai ter que enxugar”, disse Flávia.
No entanto, o vice-prefeito eleito, Tião da Zaeli (PL), disse que não haverá “caça às bruxas”, e servidores que entregaram bom serviço podem continuar nos seus cargos.
“Nós não estamos em caça às bruxas. A imoralidade não será aceita, a corrupção não vai ser aceita. E a Prefeitura tem um tamanho que ela pode atender. Se ela não esta atendendo o povo hoje, é porque está atendendo demandas particulares e de famílias”, disse o vice.
IPTU
Flávia ainda quer impedir o aumento do IPTU na Cidade Industrial. A partir do ano que vem, por força de um acordo judicial, o imposto para os contribuintes deve aumentar em até 33,33%.
“O IPTU tem que passar por lei nova. Provavelmente, vou pedir uma nota recomendatória do TCE para fazer a suspensão desse acordo em 2025”, disse.
A intenção também é rever a planta genérica de valores do município, que segundo Tião está supervalorizada. Ela é utilizada para estabelecer valores do imposto.
“A planta genérica está fora da realidade. Tem gente vendendo casa por R$ 100 mil. E vai na Prefeitura ver o valor na planta genérica, é R$ 150 ou R$ 200 mil”, disse.
“Terá que ter uma revisão da planta genérica, que está supervalorizada. Somado com 33% de aumento do IPT, vai virar um caos. Não tem condições”, completou.
Tião também anunciou que “se a lei permitir” irá retirar todos os radares de Várzea Grande.
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