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Grupo que causou prejuízo de quase R$ 9 milhões à Previdência é alvo da PF no RJ

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Nesta quarta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a operação Esteilão II, que tem o objetivo de desarticular uma associação criminosa que fraudava benefícios previdenciários. Os agentes federais cumprem dois mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, três medidas cautelares diferentes da prisão.

Entre elas, estão dois afastamentos da função pública. Os mandados serão cumpridos nas seguintes cidades: Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Armação dos Búzios, Belford Roxo, Duque de Caxias e Rio de Janeiro.

Além das ordens judiciais, a PF pediu à Justiça o bloqueio de dos bens dos investigados no valor do prejuízo causado, de quase R$ 9 milhões, e o sequestro de 11 imóveis.

Até o momento, já houve 3 prisões, um deles foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, 2 armas de fogo, 6 veículos, 1 Jet Ski, celulares, equipamentos eletrônicos e dispositivos de armazenamento, documentos diversos.

A ação faz parte da segunda etapa da operação deflagrada em 19 de dezembro de 2023. Na época, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e apreenderam 27 cartões bancários no nome de terceiros.

Entre as apreensões também estavam 70 documentos de identificação falsos, um manuscrito contendo os dados de 21 benefícios previdenciários e outros documentos.

Ainda em 2023, os agentes apreenderam uma carteira da OAB/RJ em nome de uma advogada do Rio de Janeiro. Os suspeitos tinham conseguido a carteira ilegalmente por meio de documentos falsos e se passavam pela advogada para conseguir o tolken.

Após análise do material apreendido a polícia confirmou a existência de 27 benefícios fraudulentos, a maioria obtidos pelos investigados em 2010. Esses benefícios vinham sendo pagos e recebidos até o momento. O que gerou um prejuízo de R$ 8.710.000,00 milhões de reais aos cofres públicos.

As investigações apontaram ainda que houve envolvimento de outras pessoas, incluindo agentes bancários, servidores do INSS, despachante, pessoas que fingiam serem beneficiários do INSS e outros fraudadores que prestavam algum tipo de serviço no esquema.

Os investigados poderão responder por associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade de documento público e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, as penas somadas podem ultrapassar a 26 anos de prisão. Outros crimes ainda podem ser atribuídos aos suspeitos no decorrer das investigações.

O nome da operação remete ao lagarto Esteilão, que muda de cor.

A investigação tem o apoio do Núcleo Regional de Inteligência da Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro e conta com a colaboração da Unidade de Inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários da PF/RJ – UADIP/DELEFAZ.



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