O prefeito de Sorriso Ari Lafin (PSDB) afirmou que a decisão de lançar o empresário Alei Fernandes (União) como candidato a prefeito da cidade foi “arriscado” e alvo de críticas. O grupo dele queria como candidato o atual vice, Gerson Bicego.
Com um trabalho efetivo, fortalecemos a nossa militância e conseguimos sair de 0% para 51% e ganhamos a eleição
Alei, porém, saiu vitorioso da disputa em Sorrisocom 25.255 votos (51,38%) e superou o então favorito, Damiani (MDB), que obteve 22.556 votos (45,84%).
Lafin disse que a ideia inicial era que o vice dele fosse o candidato à sucessão. No entanto, pesquisas internas apontavam que Alei seria o mais indicado para disputar, o que gerou conflitos internos.
“O Gerson estava junto na última reunião com os partidos e chegamos a conclusão que teríamos certa dificuldade. Se a gente não mudasse a rota do jogo, poderíamos estar comprometidos”, afirmou ele em entrevista ao MidiaNews.
“Foi muito arriscado, confesso que nos dez primeiros dias fui muito criticado. Mas com o passar dos dias conseguimos explicar, com um trabalho efetivo, fortalecemos a nossa militância e conseguimos sair de 0% para 51% e ganhamos a eleição sobre o adversário”, acrescentou.
O prefeito apontou que Damiani tinha uma grande vantagem antes e durante campanha eleitoral, batendo quase os 50% de intenções de votos. Além disso, o candidato conseguiu apoio de lideranças políticas conhecidas no Estado, como a deputada Janaina Riva.
“Era um adversário forte e precisávamos entender o que o eleitor buscava, de uma adversidade, de um enfrentamento. E boa parte dos indecisos apontavam que gostariam de ter um perfil mais gestor [como prefeito], por isso o Alei foi escolhido”, disse.
“A pergunta era sempre: ‘Quem é o Alei?’. Tivemos que em 45 dias lutar muito para apresentar o Alei, que é uma personalidade que mora há 30 anos lá, porém há 12 anos estava no ramo empresarial”, afirmou.
Gestor “do povo”
Lafin disse acreditar que Alei fará uma gestão competente no município.O prefeito ainda elogiou sua forma de trabalho e o modo que ele é próximo do povo.
“Tenho certeza que será um bom administrador, porque é uma pessoa leve. A partir do momento que ele andava, andamos com ele de porta em porta. Ele é uma personalidade fácil, gosta da política e gosta de gente. Isso é importante”, completou.